Folha de S. Paulo


Alckmin e Haddad ignoram pressão popular, diz movimento em SP

O Movimento Passe Livre afirmou, em nota, na madrugada desta quarta-feira, que o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) "têm ignorado a pressão popular pela revogação do aumento das passagens."

O movimento promoveu nesta terça-feira o sexto ato contra o aumento das passagens de ônibus, metrô e trens na capital paulista. A manifestação começou de forma pacífica, mas terminou com uma tentativa de invasão da prefeitura, saques e depredações. Ao menos, 30 pessoas foram detidas.

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Cerca de 50 mil pessoas participaram do ato, segundo o Datafolha. Entre as lojas invadidas estão a Dibs, Marisa, Cacau Show e Claro. Também houve depredação de uma agência do Itaú e de uma base da Polícia Militar. Um carro da Record também foi depredado e incendiado na região da prefeitura.

Esse é o sexto protesto promovido contra o aumento das passagens de transporte público. Os primeiros atos foram marcados por confrontos entre policiais e manifestantes. O protesto mais violento ocorreu na última quinta-feira (13), quando cerca de cem pessoas ficaram feridas e mais de 200 foram detidas.

A manifestação com maior número de pessoas, no entanto, ocorreu ontem, quando reuniu cerca de 65 mil, segundo o Datafolha. O ato ocorreu de forma pacífica na maior parte do tempo, tendo ocorrido tumulto apenas na frente do Palácio dos Bandeirantes, já no fim da noite. Não houve, porém, feridos ou detidos.

Um novo protesto está sendo organizado pelo Movimento Passe Livre para a próxima quinta-feira (20), a partir das 17h, na praça do Ciclista, na avenida Paulista.


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