O segundo dia seguido de protestos em Belo Horizonte terminou na madrugada desta quarta-feira (19) com vandalismo e ação da tropa de choque da Polícia Militar, que chegou por volta das 0h30 ao centro da capital mineira para conter um grupo de manifestantes que quebrou vidraças de lojas e bancos.
Segundo a Polícia Militar, 15 pessoas foram detidas sob suspeita de praticar atos de vandalismo. Há relatos de saques na região.
A manifestação na capital mineira chegou a reunir mais de 3.000 pessoas por volta das 19h desta terça-feira (18). Havia grupos na região da Pampulha e outro no centro. Segundo a polícia, os atos transcorreram sem problemas na maior parte do tempo.
Em passeata no início da noite, os manifestantes passaram pela prefeitura e pelo antigo Palácio do Governo, em frente à praça da Liberdade. Na praça, destruíram parte do relógio que fazia a contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2014.
Segundo a PM, um grupo de manifestantes deixou a praça Sete e tentou entrar na sede da prefeitura, que fica nas imediações. Os manifestantes não tiveram êxito porque a tropa de choque estava posicionada no interior do prédio.
A PM registrou ainda depredações e pichações na área central da cidade.
DIA ANTERIOR
Na segunda-feira (17), em ato que reuniu entre 15 mil e 20 mil pessoas em Belo Horizonte, segundo estimativa da PM, houve confronto entre a polícia e os manifestantes.
Os conflitos ocorreram durante uma marcha rumo ao Mineirão, que recebe jogos da Copa das Confederações, quando a multidão tentou furar o bloqueio da polícia.
Nesta terça (18), o governo Antonio Anastasia (PSDB) pediu apoio da Força Nacional de Segurança para reforço das operações relativas às manifestações. Cerca de 150 homens da tropa federal chegaram ainda nesta terça a Belo Horizonte.