Folha de S. Paulo


Proprietário assiste de casa loja do centro de SP ser saqueada

Um dos sócios de uma relojoaria saqueada na noite desta terça-feira na região central de São Paulo disse que viu o comércio ser arrombado e saqueado enquanto assistia o circuito interno de câmeras dentro da casa dele.

Durante o sexto ato contra o aumento das tarifas na cidade, um grupo furtou diversas lojas da região. Eles levaram TVs, relógios, joias, celulares etc. Ao menos 30 pessoas foram detidas.

'Só não levaram o que não aguentaram', diz segurança de loja
Manifestantes tentam invadir a Prefeitura de SP durante protesto

"Eu estava na minha casa em Santo André (Grande São Paulo) e vi a porta [da minha loja] ser aberta, quando saí correndo. Quando cheguei ao local, estava tudo destruído", disse um dos sócios que preferiu não ser identificado.

O comércio saqueado na relojoaria da rua Quitanda com a São Bento saqueada. A loja não tinha seguro porque são poucos os bancos que fazem seguro de relojoaria.

Eles não conseguem estimar o prejuízo. Só sabem que roubaram todas as joias, inclusive muitos relógios e óculos.

PROTESTO

Mais cedo, um grupo tentou invadir a entrada principal da prefeitura. Os guardas-civis que faziam um cordão diante do prédio entraram na prefeitura para não serem atingidos pelos objetos que eram lançados em direção a eles. Os muros do prédio também foram pichados pelos manifestantes.

Cerca de 50 mil pessoas, segundo o Datafolha, iniciaram por volta das 16h30 desta terça-feira o protesto na região central de São Paulo. O grupo acabou se dividindo em passeata. Por volta das 20h30, havia manifestantes interditando a av. Paulista, a rua da Consolação, a marginal Pinheiros e o viaduto do Chá, onde fica a prefeitura.

Esse é o sexto protesto promovido contra o aumento das passagens de transporte público. Os primeiros atos foram marcados por confrontos entre policiais e manifestantes. O protesto mais violento ocorreu na última quinta-feira (13), quando cerca de cem pessoas ficaram feridas e mais de 200 foram detidas.

A manifestação com maior número de pessoas, no entanto, ocorreu ontem, quando reuniu cerca de 65 mil, segundo o Datafolha. O ato ocorreu de forma pacífica na maior parte do tempo, tendo ocorrido tumulto apenas na frente do Palácio dos Bandeirantes, já no fim da noite. Não houve, porém, feridos ou detidos.


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