Folha de S. Paulo


Planalto diz que já fez as desonerações para transporte público

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, apresentou no início da noite desta terça-feira (18) cálculos feitos pelo governo federal mostrando que as medidas de desoneração de impostos, editadas no final de maio, contribuíram para uma redução de tarifa de ônibus ou reajuste abaixo do previsto em 14 capitais numa média de R$ 0,20.

A tabela apresentada pela Casa Civil mostra que a desoneração de PIS/Cofins e da folha de pagamento para as empresas de transporte coletivo permitiu que a tarifa de ônibus em São Paulo caísse em até R$ 0,23. A ministra disse à Folha que esse era o potencial de redução aberto pelas medidas do governo federal, mas que não poderia dizer se esse valor já foi levado em conta no cálculo da nova tarifa pela Prefeitura de São Paulo.

Técnicos do governo informaram à Folha que o prefeito Fernando Haddad (PT) já deve ter levado em conta essas desonerações no momento de fixar o novo valor do transporte coletivo na cidade de São Paulo.

A tarifa em São Paulo subiu para R$ 3,20. Na divulgação do novo valor, a prefeitura informou que o valor poderia ter chegado a R$ 3,40 e que a negociação para a redução dos tributos federais havia ajudado na conta. Ou seja, teoricamente poderia haver, na conta das desonerações, mais uma queda de R$ 0,03 na tarifa paulistana.

"Em São Paulo, como todas as outras capitais, também há esse espaço, tanto da redução da PIS/Cofins, como da redução da folha de pagamento", disse a ministra, em rápida entrevista, antes de entregar a tabela.

Na tabela apresentada pelo governo, a média possível de redução hoje, nas 14 capitais (Cuiabá, Belo Horizonte, João Pessoa, Vitória, Recife, Fortaleza, Curitiba, Manaus, Aracaju, Natal, Goiânia, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre), é de R$ 0,20 em média --de R$ 0,16 a R$ 0,23.

O breve comunicado da ministra serve como forma de divulgar um esforço do governo em aliviar o custo do transporte público. A medida, no entanto, já tinha sido tomada no fim de maio, bem antes do início dos protestos.


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