Folha de S. Paulo


Após protesto com confronto, BH tem nova manifestação

Um dia após o protesto que registrou confronto com a Polícia Militar em Belo Horizonte, estudantes promoveram uma nova manifestação nesta terça-feira (18) na capital mineira.

Cerca de 500 a 1.000 manifestantes fecharam, a partir das 17h30, os dois sentidos da avenida Antônio Carlos, principal ligação do centro da cidade com a região da Pampulha. O ato ocorre no mesmo ponto do confronto desta segunda, em frente ao campus principal da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

A novidade do protesto está na ação policial. Diferentemente da manifestação de ontem, quando a Polícia Militar reprimiu o avanço das pessoas em direção ao estádio do Mineirão, onde ocorria um jogo da Copa das Confederações, a corporação acompanha o ato apenas de longe. O protesto da segunda reuniu de 15 mil a 20 mil pessoas, na estimativa da PM.

O estudante de física Philipe Araújo, 23, dizia que participava do ato "porque o Brasil precisa de patriotismo e agora vamos fazer história". Participantes mencionavam motivações diversas, como "menos corrupção", "melhor educação e segurança" e "atendimento às minorias e à população carente".

Os manifestantes usaram gradis da organização da Copa das Confederações para fechar o trânsito, que ficou bloqueado até no corredor exclusivo para ônibus. A via só começou a ser liberada por volta das 20h30. Ao mesmo tempo, outros manifestantes ocupavam a Praça Sete, no centro da cidade, a cerca de 9 km dali.

Os policiais mais próximos estavam a cerca de 200 metros da manifestação, apenas desviando o trânsito.

Mais cedo nesta terça, após a repercussão do confronto de ontem, o governador Antonio Anastasia (PSDB) fez pronunciamento e disse que sua gestão iria garantir o "direito de manifestação pacífica".


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