Folha de S. Paulo


Protesto em São Gonçalo tem interdição de avenida e ônibus quebrados

Uma manifestação reunindo cerca de 5.000 pessoas, segundo estimativa da PM, e iniciada na frente da Prefeitura de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, teve momentos de tensão quando parte dos manifestantes tentou fechar uma das principais avenidas da cidade para impedir a passagem de ônibus.

Um grupo de cerca de 500 pessoas, que estava em frente à prefeitura, começou a se deslocar para a av. Presidente Kennedy e fechou a via, interrompendo o trânsito e causando um engarrafamento. A situação era pacífica até que alguns manifestantes aproveitaram o congestionamento para atacar ônibus que estavam parados, quebrando retrovisores e vidros laterais.

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Com isso, os ônibus passaram a tentar fugir dando ré e pegando outra rua. Cerca de 30 policiais militares, que acompanhavam o protesto, correram para fazer uma escolta aos ônibus. Não houve confronto com os manifestantes nem há registro de feridos até o momento. A polícia fez um bloqueio para impedir que o trânsito chegasse à área em que estão os manifestantes, desviando os veículos para uma via próxima.

Depois de atacar os ônibus, quebrando vidros e retrovisores, os manifestantes depredaram uma agência bancária. Em seguida, derrubaram lixeiras e atearam fogo em vários pontos da rua Feliciano Sodré.

O protesto em São Gonçalo não se restringe ao aumento das passagens de ônibus --há faixas e cartazes contra a aprovação da PEC 37 e contra os governos federal, estadual e municipal. Policiais do Batalhão de Choque e da Guarda Municipal ocuparam a frente da prefeitura da cidade. O comércio do centro fechou as portas às 16h, e alunos das escolas municipais localizadas no trajeto da manifestação também foram liberados cedo.

Os manifestantes estão convocando o público para outro ato amanhã, a partir das 17h, na Praça Araribóia, perto da estação das barcas de Niterói

HADDAD

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), deixou no início da noite desta terça-feira o seu gabinete na prefeitura, na região central da cidade, para se encontrar com a presidente Dilma Rousseff e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Tanto ele quanto o ex-presidente foram ao encontro de Dilma no aeroporto de Congonhas, onde ela se prepara para decolar de volta a Brasília. Ela chegou no início da tarde à cidade para se encontrar com seu padrinho político.

Haddad sinalizou no começo da tarde que poderá rever o aumento da tarifa, desde que algumas providências, como a desoneração de impostos federais e estaduais, sejam adotadas.

Este será um dos assuntos da pauta dele com Dilma e Lula. Outro tema é a renegociação da dívida da Prefeitura de São Paulo com o governo federal. O prefeito alega que o pagamento dos serviços correspondentes ao débito oneram o caixa municipal.


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