Folha de S. Paulo


Prefeitura não sinaliza redução de tarifa em Curitiba

Ao contrário de outras capitais que anunciaram a redução da tarifa de ônibus, Curitiba deve manter o valor atual da passagem, de R$ 2,85.

Nesta terça-feira (18), um dia após o protesto pela redução na tarifa que mobilizou cerca de 10 mil pessoas na capital paranaense, o prefeito Gustavo Fruet (PDT) afirmou que o sistema de ônibus da cidade está "à beira do colapso".

"A situação é mais grave do que as pessoas imaginam. Há um rombo de mais de R$ 70 milhões no sistema", disse, em entrevista à RPC TV (afiliada da Rede Globo).

A perspectiva em Curitiba, portanto, é "congelar a tarifa em R$ 2,85 até o ano que vem", segundo o prefeito.

Hoje, o custo real da tarifa, pago pela prefeitura às empresas operadoras do sistema, é de R$ 2,99, mas o passageiro paga apenas R$ 2,85. O "rombo" de R$ 70 milhões é a diferença anual que precisa ser bancada pelo município.

Segundo a prefeitura, a isenção de impostos pelos governos federal e estadual vai reduzir o custo real da tarifa para R$ 2,96, mas ainda assim ele será maior do que o valor pago pelo passageiro.

"A nossa perspectiva é de redução do deficit. Esse é o nosso esforço", afirmou o presidente da Urbs (que gerencia o sistema de transporte da cidade), Roberto Gregório da Silva Júnior, à RPC TV.

Hoje, o sistema de ônibus de Curitiba atende, além da capital paranaense, 13 municípios da região metropolitana, o que encarece o custo do sistema.

Para a Frente de Luta pelo Transporte de Curitiba, que organiza os protestos na cidade, a tarifa é alta "para manter o lucro das empresas".
O movimento quer a redução da passagem para R$ 2,60, valor cobrado até março deste ano, quando houve reajuste de quase 10%.


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