Os últimos manifestantes que ainda se concentravam em frente à principal entrada do Congresso Nacional se dispersaram pouco antes da meia-noite desta segunda-feira. Eles deixaram a chapelaria gritando palavras de ordem contra a "mídia fascista e sensacionalista" e prometendo mais protestos para a terça-feira.
Pouco antes, os últimos parlamentares que ainda permaneciam no Congresso, os deputados André Vargas (PT-PR), presidente em exercício da Câmara, Cândido Vacarezza (PT-SP) e José Guimarães (PT-SP) haviam deixado o prédio.
Diretor-geral da Câmara e coronéis são agredidos no Congresso
Polícia faz cordão para evitar invasão de manifestantes no Congresso
| Pedro Ladeira/Folhapress |
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| Manifestantes invadem marquise do Congresso Nacional durante protesto; manifestações se espalham por 12 capitais |
Antes de partir, Guimarães, que é líder do governo na Câmara, admitiu que o Congresso sofreu risco de invasão. "O clima estava para invasão, e só não foi para a frente porque a polícia aguentou no limite", afirmou.
Os manifestantes trincaram um dos vidros do Congresso com um martelo. Eles gritam "vamos entrar em casa". Mais tarde, um manifestante tentou romper o cordão de isolamento da polícia, que reagiu com spray de pimenta, cassetetes e gás lacrimogêneo.
PROTESTOS
Milhares de pessoas saíram às ruas nesta segunda-feira (17) em ao menos 12 capitais do país para protestar contra os reajustes da tarifa de ônibus, a repressão policial nas manifestações recentes em São Paulo e para pedir ética na política, investimentos em saúde, educação e transporte, entre outras reivindicações.
Além de São Paulo, Rio e Brasília, há protestos nas seguintes capitais: Belo Horizonte, Fortaleza, Vitória, Maceió, Belém, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e Recife. Há manifestações também em Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR), Indaiatuba (SP) e Juiz de Fora (MG). (MÁRCIO FALCÃO)