Folha de S. Paulo


Estação Consolação é fechada para evitar que usuários pulem catraca

Com um grande número de pessoas se direcionando ao metrô após participar dos protestos dessa segunda-feira (17) em São Paulo, muitos usuários começaram a pular a catraca na estação Consolação.

A polícia, então, determinou o fechamento da estação por volta das 23h15 para controlar a situação, deixando presos alguns usuários que tentavam sair.

Com as duas entradas fechadas, algumas pessoas quebraram um vidro para sair.

Logo após, manifestantes que ainda estão na avenida Paulista começaram a gritar "sem violência", pedindo moderação aos presentes.

Segundo a polícia, a estação deve reabrir assim que a situação for normalizada.

Gilberto Bergamim Junior/Folhapress
Vidro da estação Consolação fica quebrado após estação ser fechada
Vidro da estação Consolação fica quebrado após estação ser fechada

PROTESTO

O protesto desta segunda-feira em São Paulo foi, em sua maior parte, pacífico, sendo que apenas um grupo tentou invadir o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, no fim da noite.

Os cerca de 65 mil manifestantes, que se concentraram no largo do Batata, na zona oeste, no fim da tarde, se dividiram e fecharam vias como a Faria Lima, av. Eusébio Matoso, a av. Paulista, a ponte Estaiada e a marginal Pinheiros, antes de se dirigirem para o palácio dos Bandeirantes.

Esse é o quinto protesto feito contra o aumento do transporte público. As últimas manifestações foram marcadas por confrontos.

O último caso ocorreu na quinta-feira (13), quando houve confusão na rua da Consolação, na região central. Segundo organizadores, ao menos cem pessoas ficaram feridas e mais de 200 foram detidas. Dentre jornalistas, houve 15 feridos, sendo sete da Folha.

Para esta segunda-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a Polícia Militar não usará balas de borracha contra os manifestantes.

"Nós acreditamos em uma manifestação pacífica e organizada, em que a polícia vai apenas ordenar para que ela aconteça", disse ontem (16) o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.


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