Folha de S. Paulo


Em São Paulo, Renan Calheiros acompanha invasão ao Congresso

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) acompanha de São Paulo a invasão do do Congresso, do qual é presidente. Na capital paulista, ele participou hoje de encontro do Lide, de João Dória. Jr.

Segundo sua assessoria, ele voltará a Brasília amanhã de manhã e vem sendo informado da situação em Brasília por sua chefia de gabinete. Sua orientação, afirmou seu assessor, é de preservar o patrimônio sem expulsar violentamente os manifestantes.

Diretor-geral da Câmara e coronéis são agredidos no Congresso
Polícia faz cordão para evitar invasão de manifestantes no Congresso

Pedro Ladeira/Folhapress
Manifestantes invadem marquise do Congresso Nacional durante protesto; manifestações se espalham por 11 capitais
Manifestantes invadem marquise do Congresso Nacional durante protesto; manifestações se espalham por 11 capitais

Neste momento, aumenta a pressão dos manifestantes para entrar de fato no Congresso. Um grupo de centenas deles está às portas da chapelaria, por onde em dias normais entra boa parte dos funcionários e visitantes do Congresso. Eles gritam diversas palavras de ordem, em especial "Vamos entrar em casa", em referência à alcunha "Casa do Povo".

PROTESTO

Milhares de pessoas saíram às ruas nesta segunda-feira (17) em ao menos 11 capitais do país para protestar contra os reajustes da tarifa de ônibus, a repressão policial nas manifestações recentes em São Paulo e para pedir ética na política, investimentos em saúde, educação e transporte, entre outras reivindicações.

Além de São Paulo, Rio e Brasília, há protestos nas seguintes capitais: Belo Horizonte, Fortaleza, Vitória, Maceió, Belém, Salvador, Curitiba, Porto Alegre. Há manifestações também em Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR), Indaiatuba (SP) e Juiz de Fora (MG).

Na capital paulista, esse é o quinto protesto. As anteriores foram marcadas por confrontos com a PM. O último caso ocorreu na quinta-feira (13), quando houve confusão na rua da Consolação, na região central.

Para esta segunda-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a Polícia Militar não usará balas de borracha contra os manifestantes. "Nós acreditamos em uma manifestação pacífica e organizada, em que a polícia vai apenas ordenar para que ela aconteça", disse ontem (16) o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.


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