Folha de S. Paulo


Com aproximação de protesto, Palácio dos Bandeirantes é fechado

A Casa Militar do governo de São Paulo determinou por volta das 20h30 desta segunda-feira o fechamento do Palácio dos Bandeirantes --sede do governo estadual-- e proibiu os funcionários de deixar o local. É um protocolo de segurança do palácio.

A medida foi tomada depois de chegarem informações de que manifestantes que se concentraram na marginal Pinheiros estão se deslocando para o Bandeirantes, de onde o governador Geraldo Alckmin (PSDB) acompanha os protestos em São Paulo.

Um oficial da Polícia Militar está em contato direto com um dos líderes das manifestações. Como a região do palácio é considerada zona de segurança, as tropas de elite da Polícia Militar podem ser chamadas para proteger o local.

Os cerca de 65 mil manifestantes, que se concentraram no largo do Batata, na zona oeste, se dividiram e fecharam vias como a Faria Lima, av. Eusébio Matoso, a av. Paulista, a 23 de Maio, a Rebouças, a ponte Estaiada e a marginal Pinheiros, antes de se dirigirem para o palácio dos Bandeirantes.

Esse é o quinto protesto feito contra o aumento do transporte público. As últimas manifestações foram marcadas por confrontos. O último caso ocorreu na quinta-feira (13), quando houve confusão na rua da Consolação, na região central. Segundo organizadores, ao menos cem pessoas ficaram feridas e mais de 200 foram detidas. Dentre jornalistas, houve 15 feridos, sendo sete da Folha.

Para esta segunda-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a Polícia Militar não usará balas de borracha contra os manifestantes. "Nós acreditamos em uma manifestação pacífica e organizada, em que a polícia vai apenas ordenar para que ela aconteça", disse ontem (16) o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.


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