Folha de S. Paulo


Manifestantes e polícia entram em confronto em Porto Alegre

Manifestantes que caminhavam pela avenida Ipiranga, em Porto Alegre, depredaram uma revenda da Honda e uma agência do Banrisul na noite desta segunda-feira. A polícia reagiu com bombas de efeito moral e houve corre-corre. Ao menos um ônibus foi incendiado.

Alguns manifestantes passaram mal, e parte do grupo recuou. Na avenida fica a sede do jornal "Zero Hora", do Grupo RBS, e o prédio da Polícia Federal no Rio Grande do Sul.

A maioria dos manifestantes grita "sem violência", mas alguns atearam fogo em barricadas em frente ao prédio da PF. A cavalaria foi chamada para proteger a loja da Honda.

PROTESTO

Milhares de pessoas saíram às ruas nesta segunda-feira (17) em ao menos 11 capitais do país para protestar contra os reajustes da tarifa de ônibus, a repressão policial nas manifestações recentes em São Paulo e para pedir ética na política, investimentos em saúde, educação e transporte, entre outras reivindicações.

Além de São Paulo, Rio e Brasília, há protestos nas seguintes capitais: Belo Horizonte, Fortaleza, Vitória, Maceió, Belém, Salvador, Curitiba, Porto Alegre. Há manifestações também em Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR), Indaiatuba (SP) e Juiz de Fora (MG).

Na capital paulista, esse é o quinto protesto. As anteriores foram marcadas por confrontos com a PM. O último caso ocorreu na quinta-feira (13), quando houve confusão na rua da Consolação, na região central.

Para esta segunda-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a Polícia Militar não usará balas de borracha contra os manifestantes. "Nós acreditamos em uma manifestação pacífica e organizada, em que a polícia vai apenas ordenar para que ela aconteça", disse ontem (16) o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.


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