Folha de S. Paulo


Haddad se encontra com representante do Movimento Passe Livre

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), se encontrou na manhã desta segunda-feira (17) com a estudante de direito Nina Cappello, 23, representante do MPL (Movimento Passe Livre).

A jovem teve uma reunião com o secretário de Governo, Antonio Donato, para definir a participação do grupo, que vem protestando contra o aumento das passagens do transporte público em São Paulo, no Conselho da Cidade, marcada para esta terça-feira (18).

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Ficou acertado que o MPL terá de 20 a 30 minutos para apresentar suas reivindicações diante do conselho, e a Secretaria Municipal dos Transportes terá direito ao mesmo tempo para expor sua posição.

Segundo a prefeitura, Haddad passou na sala onde ocorria a reunião entre Nina e Donato, que fica próxima de seu gabinete, para conhecer a representante do movimento. O encontro não estava na agenda do petista.

Em nota, o movimento afirmou que o prefeito "fez diversos apontamentos e justificou que não é possível revogar o aumento da tarifa por motivos técnicos".

O MPL argumenta, porém, que "os aumentos não se tratam de uma questão técnica, mas política, como provam os diversos lugares em que a pressão popular conseguiu os reverter."

PROTESTOS

O Movimento Passe Livre marcou para a tarde desta segunda-feira o quinto protesto contra o aumento das passagens de ônibus, metrô e trens na capital paulista, em menos de duas semanas. O grupo deve se reunir no fim da tarde no largo da Batata, na região de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.

As últimas manifestações do grupo foram marcadas por confrontos com a Polícia Militar. O último caso ocorreu na quinta-feira (13), quando houve confusão na rua da Consolação, na região central. Segundo organizadores, ao menos cem pessoas ficaram feridas e mais de 200 foram detidas. Dentre jornalistas, houve 15 feridos, sendo sete da Folha.

Para esta segunda-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a Polícia Militar não usará balas de borracha contra os manifestantes. "Nós acreditamos em uma manifestação pacífica e organizada, em que a polícia vai apenas ordenar para que ela aconteça", disse ontem (16) o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.


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