Folha de S. Paulo


Protesto contra aumento de passagens em Porto Alegre tem confronto e 18 detidos

A Brigada Militar do Rio Grande do Sul prendeu 18 manifestantes durante protesto contra o aumento das passagens de ônibus em Porto Alegre na noite desta quinta-feira (13).

Segundo a Brigada Militar (a PM gaúcha), os manifestantes foram detidos quase ao final do ato, quando grupos depredaram vidraças de bancos e incendiaram contêineres de coleta de lixo, formando barricadas na avenida João Pessoa, uma das principais do centro de Porto Alegre.

Nessa avenida, houve confronto entre policiais e manifestantes. Bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas pela brigada.

O protesto começou com concentração em frente à prefeitura, por volta das 18h, e se estendeu até as 22h. Segundo estimativa da brigada, 2.000 pessoas participaram.

De acordo com os manifestantes, o movimento não tem uma liderança única. Estudantes secundaristas, universitários, trabalhadores, sindicalistas e membros de partidos de esquerda compõem o grupo.

Com um carro de som, os manifestantes faziam menção aos protestos que ocorreram em outras capitais do país, como São Paulo e Rio, também contra o aumento das passagens.

Além de bancos depredados e lixeiras incendiadas, houve pichações de vidros de ônibus e de muros de prédios. Algumas vias do centro da capital gaúcha foram totalmente bloqueadas pelos manifestantes.

A passagem em Porto Alegre, que custava R$ 2,85, subiu para R$ 3,05 neste ano. Após uma série de protestos violentos em março, a Justiça concedeu uma liminar que fez o preço voltar a R$ 2,85.

Por se tratar de liminar, a decisão pode ser revogada a qualquer momento --o que motivou o protesto.


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