A Câmara Municipal de Goiânia decidiu implantar um sistema de chamadas na última quinta-feira para checar a presença dos vereadores nas três sessões semanais da Casa.
A presença dos legisladores começou a ser verificada de hora em hora, quatro vezes por dia --às 9h, 10h, 11h e 12h.
A regra foi estabelecida pelo presidente da Câmara Municipal, Clécio Alves (PMDB), depois que os vereadores rejeitaram projeto do colega Paulo Magalhães (PV). O texto defendia que todos os legisladores registrassem o ponto no início, no meio e no fim de cada sessão.
Ao fazer a proposta, no início do ano, Magalhães afirmou que muitas sessões deixaram de ser realizadas na legislatura anterior por falta de quórum.
O presidente da Casa diz que, na legislatura atual, a situação é diferente e que apenas duas sessões deixaram de ser realizadas.
Segundo Clécio Alves, já há diversos métodos para garantir a presença dos 35 vereadores nas sessões, o que motivou a rejeição do projeto de Magalhães.
Mas a indignação popular levou o presidente da Câmara Municipal a adotar a rotina das chamadas. "A população entendeu que o projeto deveria ter sido aprovado", disse Alves.
A resposta à chamada é biométrica e, na terça-feira (11), gerou bate-boca no plenário. O vereador Djalma Araújo (PT) acusou o presidente da Casa de fazer "jogo de cena".
Além de aparecerem no painel da Casa, os nomes dos vereadores presentes serão impressos e anexados às atas das sessões, que são publicadas no site da Câmara Municipal.
"Vai ser a única Câmara do Brasil que vai ter esse mecanismo de checagem dos vereadores de hora em hora. Os vereadores que não estiverem presentes terão os desgastes que por ventura houver", afirmou o presidente.