O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), diz que vai monitorar em tempo real a manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus prevista para acontecer amanhã (11).
Haddad está em Paris para defender a candidatura de São Paulo para sediar a Expo 2020.
Haddad diz que aumento da tarifa de ônibus elevou rejeição
Manifestantes publicam vídeo para criticar repressão policial em protesto
Segundo ele, a Polícia Militar e a GCM (Guarda Civil Metropolitana) estão acionadas para tentar impedir novas depredações e o caos no trânsito, como o que ocorreu na semana passada.
"[A apresentação da candidatura] não é um evento de São Paulo que poderia ser adiada. Seria um prejuízo muito grande se eu e o governador não estivéssemos presentes", disse Haddad sobre a viagem coincidir com o novo protesto organizado pelo Movimento Passe Livre.
"Temos uma sala de situação montada. A vice-prefeita [Nádia Campeão, do PCdoB] permaneceu em São Paulo para acompanhar o evento em tempo real, caso seja necessária alguma tomada de decisão", disse.
O vice-presidente Michel Temer e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também estão na capital francesa para a apresentação da candidatura de São Paulo para sediar o evento.
PROTESTOS ANTERIORES
Na semana passada, manifestantes pararam vias importantes da cidade em pleno horário de pico. Na noite de quinta-feira (6), o protesto na av. Paulista terminou em confronto com a polícia e acusações de vandalismo e violência por parte de alguns integrantes da passeata. O Metrô de São Paulo estimou em R$ 73 mil os prejuízos no primeiro dia, sendo R$ 68 mil em vidros quebrados e R$ 5.000 com luminárias danificadas.
No dia seguinte, ocorreram longas paralisações na av. Brigadeiro Faria Lima e na marginal Pinheiros. Nas duas ocasiões, os protestos contaram com milhares de participantes.
Anteontem, um grupo de 9 pessoas de outros movimentos parou novamente a marginal Pinheiros no sentido Castello Branco. A interrupção durou aproximadamente 5 minutos.