Importante área de mata atlântica e cerrado, a serra do Japi (a cerca de 60 km da capital), parte do cinturão verde de São Paulo, vai ganhar um sistema de monitoramento em tempo real para prevenir incêndios e desmatamentos.
Ao todo, quatro câmeras devem ser instaladas em diferentes pontos da serra. A primeira delas foi colocada na terça-feira (4) no topo do mirante, com vista para toda a reserva biológica --uma área de 20,7 km² dentro da serra do Japi.
O equipamento, de alta definição, permite gravar imagens em 360º e aproximá-las em até 36 vezes. As primeiras imagens já começaram a ser monitoradas por meio de uma central 24h.
"Já dá para ver urubu sobrevoando a serra. Com isso, vai ser possível até visualizar balões", diz José Roberto Ferraz, comandante da Guarda Municipal de Jundiaí.
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Segundo Ferraz, a medida deve agilizar o combate aos incêndios. "Se um balão cair no meio dos 354 km² [área total da serra], até chegarmos lá o fogo já se alastrou. Com as câmeras, vamos saber mais cedo quando há perigo", completa.
O período de maior ocorrência de incêndios na serra vai de junho a setembro.
Agora, a ideia é colocar mais câmeras em outros três pontos, o que deve ajudar a coibir também desmatamentos e caça a animais. Segundo Ferraz, o sistema deve estar totalmente instalado em quatro meses e deve custar até R$ 40 mil.
ALERTA VIA SMS
Além das câmeras, o projeto prevê a locação de um helicóptero para monitoramento aéreo e o cadastro de órgãos públicos e moradores do entorno para receber e enviar alertas via SMS.
O sistema já é usado desde fevereiro pela Defesa Civil em áreas de risco de deslizamentos na cidade.
"É um sistema de torpedos que serve como prevenção, para avisar quando há estado de alerta por chuvas, por exemplo. E agora vai para a serra do Japi, que também é uma de área de risco, mas por focos de incêndio", diz o coordenador da Defesa Civil de Jundiaí, Eduardo Luiz Carbonari.