Folha de S. Paulo


'Sensação de insegurança' pode dificultar reeleição de Alckmin em SP

A segurança pública está para a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo assim como a economia está para a de Dilma Rousseff à Presidência.

Se uma ou outra descarrilarem de vez, os atuais mandatários de São Paulo e do país terão pela frente uma campanha mais difícil, de resultado até imprevisível.

Ambos têm consciência de seus calcanhares de aquiles eleitorais e tentam, com as armas de que dispõem, se contrapor a uma série de más notícias nas duas áreas.

Alckmin trocou o comando da segurança pública no ano passado depois que uma onda de homicídios mostrou descontrole da polícia e o ex-secretário se meteu em bate-boca com o governo federal.

Também houve vários arrastões em bairros ricos da cidade, que ajudaram a aumentar a chamada "sensação de insegurança", termômetro eleitoral que preocupa o Palácio dos Bandeirantes.

Agora, com os homicídios de novo em queda nas estatísticas, restam os índices elevados de roubos e latrocínios e pipocam, nas últimas semanas, casos de tiroteio à luz do dia em bairros onde mora e trabalha a classe média alta.

É esse eleitor, que na sua maioria votou em Alckmin em 2010, que começa a ameaçar debandar caso continue a se sentir ameaçado.

Resta saber de quais armas ainda dispõe, depois de operar a troca na pasta e lançar o projeto que muda a punição para menores infratores, para mostrar que tem como conter a onda de violência.


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