Folha de S. Paulo


Com mudanças, Ministério da Saúde relança campanha para prostitutas

Dois dias depois de retirar do ar uma ação voltada para prostitutas e de demitir o responsável pela campanha, o Ministério da Saúde relançou as peças com alterações.

Na terça-feira (4), o ministro Alexandre Padilha (Saúde) criticou a mensagem de uma das peças da ação lançada no último final de semana, voltada para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

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"Eu sou feliz sendo prostituta" era a frase que acompanhava a foto de uma mulher. Segundo o ministro, a pasta deve se limitar a divulgar mensagens de prevenção --o que, para ele, não seria o caso da peça em destaque.

O diretor exonerado do departamento de DST, Aids e hepatites virais do ministério, Dirceu Greco, defendeu que a mensagem tinha conteúdo de saúde, por trabalhar a redução do preconceito. Greco foi demitido após a polêmica.

No novo formato, que entrou no site do ministério no início da noite desta quinta, as peças tiveram o reforço da mensagem de prevenção e do uso do preservativo. A peça polêmica foi retirada e a ação ganhou outro nome: "Prostituta que se cuida usa sempre camisinha" em vez de "Sem vergonha de usar camisinha".

O vídeo que acompanha as peças, com mulheres olhando para a câmera afirmando serem prostitutas, não voltou para o site.

Após a divulgação da campanha, deputados da bancada evangélica dispararam ataques à presidente Dilma Rousseff e cobraram explicações do ministério. "O que o governo faz é um crime, é apologia à prostituição. O governo está patrocinando um crime ao defender essa conduta", disse o deputado Marcos Rogério (PDT-RO).

Divulgação/Ministério da Saude
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