A inspeção veicular para carros de fora de São Paulo, bastante alardeada no início do ano pela prefeitura, deixou de ser uma certeza dentro da administração petista.
O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou nesta quarta-feira que haverá um estudo no ano que vem para verificar se a medida será realmente necessária.
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"Faremos uma avaliação. Esperamos, primeiro, que as pessoas que fazem o licenciamento fora [de São Paulo] voltem", disse Haddad em evento comemorativo ao Dia Mundial do Meio Ambiente.
Pelos cálculos da prefeitura, contestado por alguns especialistas, a inspeção veicular paulistana gerou uma evasão de IPVA nos últimos anos.
"A frota cresceu, mas os valores arrecadados não acompanham o mesmo ritmo", segundo Haddad. Pelas contas, a cidade deixará de arrecadar R$ 6 bilhões entre 2013 e 2023.
Com a flexibilização na lei da inspeção, que libera carros até três anos da fiscalização e torna ela bianual para veículos de quatro a nove anos, a expectativa da prefeitura é que a fuga pare. E, que a evasão de tributos também.
A possibilidade de carros de fora da cidade serem fiscalizados consta do projeto de lei aprovado pela Câmara dos Vereadores em março.
A ideia é flagrar por meio de centenas de radares os carros de outras cidades. E obrigar a passar pelos testes de emissão de poluentes, os motoristas que frequentarem as ruas e avenidas da capital mais de 200 dias por ano.
No início do ano, Haddad chegou a cobrar publicamente do governador Geraldo Alckmin (PSDB) a implantação de uma inspeção veicular estadual, prevista no Plano de Controle de Poluição Veicular do Estado de São Paulo.
Mas nem o palácio dos Bandeirantes, nem a secretaria Estadual de Meio Ambiente e nem os deputados estaduais mostram, até agora, interesse em votar o projeto de lei parado na Assembleia Legislativa desde 2009.