Folha de S. Paulo


Áreas nobres de São Paulo registram série de tiroteios

Uma série de tiroteios em bairros nobres de São Paulo, todos durante o dia e em locais de grande circulação de pessoas, foi registrada na última semana.

O último caso aconteceu no início da tarde de ontem e deixou um policial militar e um suspeito feridos. O confronto ocorreu às 14h30 na alameda Santos, perto da avenida Paulista.

Um empresário coreano foi abordado no estacionamento de uma agência do banco Itaú por dois ladrões em uma moto preta após sacar quantia não revelada.

A dupla anunciou o assalto e, segundo a Secretaria da Segurança Pública, um policial à paisana reagiu ao ver a ação. Teve início uma troca de tiros com os ladrões.

Houve correria no local e, antes que o policial e um dos bandidos caíssem feridos, a vítima conseguiu escapar.

O outro ladrão fugiu antes que da chegada da PM. A polícia não soube informar se o bandido fugiu com o dinheiro do empresário.

Nos quatro primeiros meses de 2013, a delegacia dos Jardins registrou 445 roubos. O número é 30% maior do que no ano passado.

Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress

Anteontem, o Colégio Dante Alighieri, tradicional da capital paulista, foi cenário de uma tentativa de assalto que resultou em tiros e correria por volta das 18h, horário de saída dos alunos.

O episódio aconteceu poucas horas depois de um funcionário do Colégio Sion, em Higienópolis, ser morto por assaltantes após sacar R$ 3.000 de um banco. Os suspeitos fugiram de moto. Até a conclusão desta edição, ninguém foi preso.

Há uma semana, o salão de beleza Karaji, na rua Oscar Freire, foi atacado por dois criminosos, que fizeram cerca de 20 clientes reféns.

Eles chegaram no local por volta de 13h30 e saíram com celulares, dinheiro e cartões de funcionários e clientes.

Na fuga, uma equipe da Polícia Militar que havia sido acionada por um dos reféns os abordou e houve troca de tiros. Um policial e um dos suspeitos foram baleados.

Para o analista criminal Guaracy Mingardi, os crimes conhecidos como "saidinha de banco" se tornaram comuns pois assaltantes de bancos migraram para essa modalidade devido à dificuldade de assaltar agências.

"Agora o ladrão sabe que os cofres têm sistemas eletrônicos de abertura com horário programado, portas giratórias e sistema de câmeras", disse o especialista.

Ele aponta duas ações urgentes para reduzir a criminalidade: desarmar a população e melhorar a investigação policial. Mingardi ainda ressaltou a necessidade de punição mais severa a condenados por crimes graves.


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