Folha de S. Paulo


Funcionário do Sion ajoelhou antes de ser morto por assaltantes

O funcionário da manutenção do Colégio Nossa Senhora de Sion, em Higienópolis (região central de SP), que foi morto durante um assalto na porta da escola na manhã de hoje (3) chegou a ajoelhar na calçada ao ser rendido pela dupla de assaltantes.

Segundo testemunhas e imagens das câmeras da região, Eduardo Paiva, 39, foi abordado por um assaltante que utilizava uma blusa vermelha e um boné verde. As imagens, segundo a polícia, mostram a vítima se ajoelhando. Na sequência, ela agarra as pernas do assaltante e é baleado na cabeça.

Vídeo mostra homem atirando em funcionário do Colégio Sion em SP
Funcionário do colégio Sion é morto durante assalto em frente ao colégio

Uma testemunha do crime, que pede para não ser identificada, disse que a vítima, ao se ajoelhar, pediu para os assaltantes não atirarem.

A polícia investiga se o funcionário reagiu ao assalto. De acordo com a polícia, Paiva havia acabado de descontar um cheque no valor de R$ 3.000 em uma agência do Itaú e retornava para o colégio. A agência fica na esquina da avenida Angélica. O cheque seria relativo a um pagamento de um serviço que ele teria feito recentemente.

Os bandidos, segundo a polícia, fugiram em uma moto sem levar o dinheiro. Após ser baleado, Paiva chegou a caminhar na avenida Higienópolis, onde foi socorrido. Ele foi levado para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo funcionários do colégio, Paiva é pai de um adolescente de 14 anos e morava na zona norte da capital.

De acordo com o colégio, nenhum estudante ficou ferido. Em nota enviada pelo colégio, o Sion diz que Paiva era funcionário da manutenção havia oito anos "sendo reconhecido por todos por seu bom caráter, idoneidade e competência".

O colégio lamentou ainda a morte do funcionário e disse estar colaborando com a polícia para tentar localizar os suspeitos. O Sion entregou para a polícia as imagens das câmeras de segurança da unidade.

LATROCÍNIOS

Segundo dados estatísticos da Secretaria de Estado da Segurança Pública, em abril deste ano, foram registrados 12 latrocínios (roubo seguido de morte) na Grande SP contra 6 no mesmo mês de 2012. Já no Estado, foram 36 casos de latrocínio em abril deste ano contra 33 no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, de janeiro a abril deste ano em relação ao ano passado, registrou 54 casos, o que equivale a um acréscimo de 74,2%. Em 2012, houve 31 casos no mesmo período.

Editoria de Arte/Folhapress

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