Folha de S. Paulo


Gestantes ficam abaixo da meta contra a gripe e campanha é prorrogada

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou nesta segunda-feira (3) que, entre o público-alvo da campanha de vacinação contra a gripe, apenas as gestantes não conseguiram atingir a meta de imunizar 80% do grupo.

Com isso, a pasta prorrogou até o dia 14 de junho o prazo máximo de vacinação. Apenas 356,7 mil doses foram aplicadas em gestantes, o que corresponde a 77,93% da meta para este grupo. Pacientes com doenças crônicas também devem procurar um posto para serem imunizados contra a gripe. Desde o início da campanha, 1,9 milhão de doentes crônicos já receberam a vacina.

Além das gestantes e de pessoas com doenças crônicas do pulmão, coração, fígado, rim, diabetes, imunossupressão e transplantados, fazem parte do grupo prioritário idosos com mais de 60 anos, crianças de seis meses a dois anos, indígenas, mulheres no período de até 45 dias após o parto (em puerpério), pessoas privadas de liberdade e profissionais de saúde.

De acordo com a secretaria, já foram vacinados: 4 milhões de idosos com 60 anos ou mais, mais de 808 mil crianças a partir dos seis meses e menores de dois anos de idade, cerca de 883,8 mil trabalhadores da saúde, 80,8 mil puérpuras e 5,5 mil indígenas.

"Apesar de a campanha ter sido prorrogada, é muito importante que as pessoas não deixem para se vacinar na última hora. Isso porque o poder de imunização da vacina só está completo quinze dias após a vacinação. Vale esclarecer que a vacina não provoca, de maneira nenhuma, gripe em quem tomar a dose, pois é feita de pequenos fragmentos do vírus que são incapazes de causar qualquer infecção", afirma Helena Sato, diretora de imunização da secretaria.

BALANÇO

Em todo o Estado, mais de 8,1 milhões de paulistas foram vacinados, o que corresponde a 93,1% dos 8,7 milhões de pessoas que fazem parte do chamado grupos prioritários.

Crianças entre seis meses de idade e dois anos deverão tomar duas doses da vacina contra a gripe. A segunda dose deve ser aplicada 21 dias após a primeira. A medida vale para crianças que participaram pela primeira vez da campanha de imunização deste ano ou que receberam apenas uma dose em 2012.

Além de imunizar a população contra a gripe A H1N1, tipo que se disseminou pelo mundo na pandemia de 2009, a campanha também quer imunizar a população contra outros dois tipos do vírus influenza: influenza A H3N2 e B.

PREVENÇÃO

Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global. Entre os idosos, pode reduzir o risco de pneumonia em aproximadamente 60%, e o risco global de hospitalização e morte em cerca de 50% a 68%, respectivamente.

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da OMS, e é respaldada por estudos epidemiológicos e na observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

A única contra-indicação é para pessoas que têm alergia severa a ovo.

Editoria de Arte/Folhapress

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