Folha de S. Paulo


Padre de Ribeirão Preto (SP) usou rojões para espantar pombos da igreja

Ele tentou de tudo para combater os pombos da praça das Bandeiras, uma das principais de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Usou outros animais, cogitou a aplicação de um repelente, mas foram rojões que espantaram as aves.

Durante alguns meses, o padre Francisco Jaber Zanardo Moussa coordenou a soltura de fogos na praça, que fica em frente à catedral e é um dos cartões postais da cidade.

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Conhecido como padre Chicão, Moussa teve até problemas com ONGs de defesa animal, que o acusaram de matar os pombos. Por isso, foi chamado ao Ministério Público para dar explicações.

O problema para a igreja, alegava Moussa, era que as pessoas pisavam nas fezes dos pombos caídas na praça e levavam a sujeira para dentro da catedral.

Revoltado com a falta de ação do poder público, o religioso decidiu ele mesmo agir contra os pombos, com aval do então arcebispo, dom Joviano de Lima Júnior (1942-2012).

Joel Silva-8.abr.07/Folhapress
Sacristão Carlos César Serafim solta rojão para espantar pombos de praça em frente à Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo
Sacristão solta rojão para espantar pombos de praça em frente à Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo

Entre 2007 e 2010, Moussa fez várias tentativas para espantar os pombos. Cogitou até utilizar macacos na praça.

Antes de utilizar rojões, o religioso anunciou que soltaria gaviões e falcões e planejou usar um repelente contra as aves. Só que o produto precisava de autorização do Ibama, que, segundo o padre, demorou para dar uma resposta.

"Fiquei doido [com a demora] e comecei a soltar foguetes na praça para espantar os pombos", disse à Folha em 2011.

Hoje, os pombos não incomodam mais. Segundo a assessoria da Cúria Metropolitana, as ações do padre Chicão "equacionaram o problema".


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