Nove em cada dez paulistanos se sentem beneficiados pela lei estadual que baniu o fumo de locais públicos fechados em 2009. E entendem ser importante a ampliação da lei em esfera nacional.
Mesmo entre os fumantes, os índices de aprovação são elevados: 71% deles se sentem beneficiados pela lei paulista e 75% acham importante a lei nacional sobre o tema.
Há um ano e cinco meses, vigora uma lei federal antifumo, que veta os fumódromos e restringe a propaganda de tabaco nos pontos de venda do país, mas sua aplicação depende de regulamentação do Ministério da Saúde.
O respaldo do paulistano às medidas foi registrado por pesquisa Datafolha encomendada pela ACT (Aliança de Controle do Tabagismo). O levantamento ouviu 1.096 pessoas com 16 anos ou mais na cidade de São Paulo nos dias 4 e 5 de abril.
"É um índice de aprovação absurdamente alto. As pessoas se sentem, de fato, beneficiadas", diz Paula Johns, diretora-executiva da ACT.
Ela diz que São Paulo segue a tendência de outros países contra o tabagismo, que costumam registrar índices crescentes de aprovação para leis antifumo.
A diretora da ACT espera que a pesquisa sensibilize o ministro Alexandre Padilha (Saúde). O ministério diz que o assunto ainda está em discussão interna no governo.
Na próxima sexta, durante evento do Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio), entidades da saúde e a ACT devem se reunir para avaliar propostas sobre o tema.