Folha de S. Paulo


Turistas dizem que passeio de balão na Turquia é organizado

Turistas brasileiros que já fizeram o passeio de balão na região da Capadócia contaram à Folha que o passeio é bem organizado.

Um acidente envolvendo dois balões deixou três brasileiras mortas, nesta segunda-feira. As vítimas foram identificadas como Maria Luiza Góes, 85, Marina Rosas, 77, e Ellen Kopelman, 81. Outras 22 pessoas ficaram feridas, entre elas, oito brasileiros.

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Gabriela Prado, 26, dona de uma agência de viagens em São Paulo, viajou à Capadócia em agosto de 2012. Antes da viagem, pesquisou empresas que realizam voos de balão e optou pela Anatolian Ballons, envolvida no acidente desta segunda-feira.

"Fiz o passeio com cerca de 20 pessoas, que foram divididas em quatro cestas internas do balão, de acordo com a nacionalidade ou o idioma. No meu caso, havia cinco brasileiros", disse Prado.

"O passeio foi muito tranquilo, você nem sente que o balão está subindo. São vários balões subindo ao mesmo tempo, mas eles mantêm distância um do outro."

O engenheiro Alexandre Pandolfo, 42, que fez o passeio em 2011, conta que recebeu algumas orientações de segurança antes do voo, como não se debruçar para fora do balão e agachar durante o pouso, para evitar quedas.

Pandolfo pagou 300 euros pelo passeio, que incluiu café da manhã, transporte de ida e volta para o hotel e brinde com champanhe após o pouso.

Ele contratou o serviço de uma empresa indicada pelo hotel em que estava hospedado. "Foi uma experiência maravilhosa, em nenhum momento me senti inseguro e recomendo a todos."

Já a publicitária Leticia Nativio, considera o pouso um momento delicado. "O pouso é sempre um pouco tenso, porque você tem que abaixar e não há nenhum controle de onde o balão vai parar. As pessoas seguram em uma alça e ficam agachadas e o tranco é um pouco forte", descreveu Nativio, que fez o passeio em janeiro deste ano.

Mesmo assim, a publicitária considerou o passeio bem organizado --ela pagou 150 euros pelo voo de cerca de uma hora de duração.

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ACIDENTE

O acidente aconteceu às 6h (meia-noite pelo horário de Brasília) na cidade de Goreme. Rahim Unlu, diretor da Saúde Pública da província de Nevsehir, disse que no balão havia dez turistas brasileiros, dez espanhóis, três argentinos e um porto-riquenho, além do piloto.

Um turista norte-americano disse que viu o acidente e que teria ocorrido cerca de 45 minutos depois de mais de cem balões decolarem para o passeio de manhã cedo. "Podíamos ouvir a conversa de rádio e nós sabíamos que algo estava acontecendo. Houve uma transmissão urgente frenético: Solte seu pára-quedas! Solte seu pára-quedas!", disse Ross, cujo balão foi cerca de 200 metros de distância do acidente.

"Foi, provavelmente, cerca de 300 metros no ar e descia cada vez mais rapidamente para o chão. Houve um grande rasgo no tecido, provavelmente, de 10 a 15 metros de comprimento", disse Ross. Ele informou ainda que viu uma pessoa deitada no chão, enquanto outros passageiros ainda estavam dentro da cesta.

Este é o segundo caso que ocorre na região. Em 2009, um turista britânico morreu e outras nove pessoas ficaram feridas com a batida de dois balões.

Editoria de arte/Folhapress

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