Folha de S. Paulo


'Estamos consternados', diz família de vítima após queda de balão

"Estamos todos consternados", disse Marta Rosas, sobre a morte da mãe, a advogada aposentada Marina Rosas, 77. Ela é uma das três vítimas do acidente que envolveu dois balões na região da Capadócia, Turquia.

Segundo Marta, a mãe não morreu na queda, diferentemente das outras duas vítimas. Marina chegou a ser levada para o hospital, diz, mas não resistiu aos ferimentos. As outras duas mortes confirmadas são Maria Luiza Goés, 85, e Ellen Kopelman, 81, também brasileiras e amigas de Marina.

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Há 30 anos, Marina e cinco amigas se reuniam para viajar de férias e chegaram à Turquia na terça-feira (14).
Marta afirmou que ajudou no reconhecimento das vítimas. "Como não acharam passaporte com elas, mandei a foto das três para fazerem o reconhecimento. O Itamaraty está nos dando total apoio nos traslados."

De acordo com ela, as três outras amigas que viajavam com sua mãe e não morreram no acidente estavam sendo operadas na noite desta segunda-feira. As famílias das feridas estão indo para a Turquia, num voo com escala em Portugal, mas só devem chegar na quarta-feira.

Procurada pela reportagem, a neta de Ellen Kopelman, Deborah Beim, disse que a família vive nos EUA e disse que a mãe não decidiu ainda se irá para a Turquia ou se virá diretamente ao Brasil.

A síndica do prédio em que Ellen vivia, em Ipanema, Dea Baptista Tomé, disse que ela era viúva e morava sozinha. Tinha apenas uma filha, que mora nos EUA.

"Ela era minha amiga do coração. Vivia viajando. Trouxe dois perfumes para mim na última vez. Era gente muito boa, muito educada. Estou chocada", lamentou.

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ACIDENTE

O acidente aconteceu às 6h (meia-noite pelo horário de Brasília) na cidade de Goreme. Rahim Unlu, diretor da Saúde Pública da província de Nevsehir, disse que no balão havia dez turistas brasileiros, dez espanhóis, três argentinos e um porto-riquenho, além do piloto.

Um turista norte-americano disse que viu o acidente e que teria ocorrido cerca de 45 minutos depois de mais de cem balões decolarem para o passeio de manhã cedo. "Podíamos ouvir a conversa de rádio e nós sabíamos que algo estava acontecendo. Houve uma transmissão urgente frenético: Solte seu pára-quedas! Solte seu pára-quedas!", disse Ross, cujo balão foi cerca de 200 metros de distância do acidente.

"Foi, provavelmente, cerca de 300 metros no ar e descia cada vez mais rapidamente para o chão. Houve um grande rasgo no tecido, provavelmente, de 10 a 15 metros de comprimento", disse Ross. Ele informou ainda que viu uma pessoa deitada no chão, enquanto outros passageiros ainda estavam dentro da cesta.

Este é o segundo caso que ocorre na região. Em 2009, um turista britânico morreu e outras nove pessoas ficaram feridas com a batida de dois balões.

Editoria de arte/Folhapress

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