Folha de S. Paulo


'Passeio parece seguro', diz brasileira após voar de balão na Turquia

Luizita Vieira Santos, 84, estava voando de balão na Capadócia, na Turquia, quando o acidente aconteceu. Havia 25 pessoas no balão que caiu de uma altura aproximada de 300 metros. Três idosas, também do Brasil, morreram.

"Vi que o balão estava no chão, murchando, e que havia um movimento de ambulâncias lá embaixo", conta a catarinense, que vive em Florianópolis.

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Ela relata ainda que não houve pânico entre os passageiros do balão em que estava. "Percebemos que estava acontecendo algo de anormal, mas não sabíamos que era tão grave", conta ela, que disse ainda que o acidente aconteceu longe do balão em que voava.

Mesmo com o acidente, ela conta que seu balão desceu no horário previsto e que muitos ainda voavam.

Após saber da gravidade da situação, a preocupação era dar notícias para a família --que foi avisada que estava tudo bem perto das 9h da manhã (horário de Brasília). "O voo parece bem seguro, eles nos ajudam a subir e instruem bem sobre como proceder durante o pouso para minimizar o impacto".

Ao menos 80 balões voam todas as manhãs na região da Capadócia, e o preço dos passeios contratados pela agência de turismo com que Luizita viajou varia entre €150 e €180. O grupo de Luizita, composto por 38 brasileiros se dividiu em dois balões. Junto com ela voaram mais 23 pessoas.

"Foi uma das coisas mais bonitas que eu já vi na vida, iria de novo amanhã. Acho que é um acidente que não acontece sempre".

ACIDENTE

O acidente aconteceu às 6h (meia-noite pelo horário de Brasília) na cidade de Goreme e provocou a morte de Maria Luiza Góes, 85, Marina Rosas, 77, e Ellen Kopelman, 81. Outros sete brasileiros ficaram feridos. Quatro deles estão internados em Nevsehir e outros três na cidade de Kayseri.

Entre os feridos está o casal Rosana Faria Santo, 58, e Wagner Ferreira Santo, 59. Os dois viajaram para a Turquia na quarta-feira (15) e ficariam até o dia 27 de maio. No acidente, Wagner quebrou as pernas e Rosana teve ferimentos no quadril.

Segundo a embaixada brasileira, alguns brasileiros já passaram por cirurgia em decorrência de fraturas sofridas na queda, principalmente, nas pernas e na coluna. O estado de saúde dos brasileiros varia entre médio e grave, mas as autoridades ainda não sabem especificar o estado de cada um.

Editoria de arte/Folhapress

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