Folha de S. Paulo


Projeto quer instalar wi-fi em 10% dos táxis de SP até a Copa

A Prefeitura de São Paulo apresentou nesta sexta-feira os dez primeiros táxis da cidade que terão tablet e wi-fi grátis à disposição dos passageiros.

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O objetivo é ampliar o número para 500 nos próximos dois meses e chegar a 3.500 até a Copa de 2014. A frota de táxis da cidade é de 33,5 mil.

Os aparelhos fazem parte de um projeto do Ministério do Esporte, que credenciou a empresa Comtecno para fornecer os aparelhos.

André Monteiro/Folhapress
Modelo de tablet com internet wi-fi grátis que vai equipar táxis da cidade de São Paulo
Modelo de tablet com internet wi-fi grátis que vai equipar táxis da cidade de São Paulo; meta é chegar a 10% da frota até a Copa

Segundo João Carlos Passos, diretor da empresa, não há envolvimento de dinheiro público e taxistas e passageiros também não pagam. Toda a verba do projeto vem de patrocinadores.

Ele afirma que o investimento na instalação dos tablets custa R$ 300 por táxi, mais R$ 280 por mês para pagar a conexão 3G.

Os primeiros tablets são do modelo Samsung Galaxy. Eles foram instalados dentro de um gabinete metálico preso ao táxi e contam com aplicativos como o da SPTuris (empresa de turismo da prefeitura), Waze, Google Tradutor e UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

"Um chinês que chegar no aeroporto e não souber uma palavra de português, vai poder digitar no tradutor e se comunicar", disse o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.

O passageiro também pode acionar uma conexão wi-fi com duração de 15 minutos, que pode ser renovada livremente, para usar a internet no seu própio celular ou tablet.

Os táxis que contarem com a novidade terão um adesivo amarelo no para-brisa.

Tatto disse que poderá usar os aparelhos de GPS instalados na frota de táxis para monitorar o trânsito da cidade. Segundo o secretário, a ideia é usar os dados para medir a velocidade média nas vias da cidade, em modelo semelhante ao que é feito com o GPS dos ônibus.

Ele disse, porém, que ainda está negociando com representantes dos taxistas e não há data para o projeto ser implantado.

TRANSPORTE ESCOLAR

O secretário também informou que a prefeitura prepara uma nova licitação para o Transporte Escolar Gratuito, programa destinado aos alunos de rede municipal que moram a mais de 2 km da escola.

Alguns contratos venceram no início do ano, e desde então a prefeitura vem renovando de forma emergencial com os transportadores particulares. Ao todo, 2.007 veículos estão registrados no DTP (Departamento de Transportes Públicos) na modalidade.

O sindicato dos transportadores tem um projeto para equipar os veículos com câmeras, o que aumentaria a fiscalização e permitiria que a remuneração seja feita por criança transportada.

Tatto diz que ainda está definindo o modelo da licitação, que será apresentado no início de junho. O programa é bancado pela Secretaria da Educação, mas organizado pela pasta dos Transportes.

Uma das hipóteses estudadas é que seja obrigatório instalar validadores e aparelhos de GPS nas vans, o que permitiria à prefeitura controlar a quantidade de alunos transportados e a rota dos veículos. "Se quiser, pode até pôr uma catraca na escola e avisar o pai, por torpedo, que a criança entrou. E o pagamento do 'tio' seria pelo Bilhete Único", afirmou.

"Aí a remuneração deixa de ser um negócio uma vez por mês, ver se a pessoa carregou a criança ou não, se a diretora fiscaliza ou não. Agora, tudo isso está em estudo, porque tem custo", disse Tatto. Segundo o secretário, o validador custa em torno de R$ 5.000, e o GPS de R$ 200 a R$ 300. (ANDRÉ MONTEIRO)


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