Folha de S. Paulo


Ministério autoriza recursos para combate à gripe em São Paulo

Uma portaria do Ministério da Saúde publicada nesta sexta-feira (17) no Diário Oficial da União estabelece recursos para ações de média e alta complexidade destinadas ao combate à gripe no Estado de São Paulo.

De acordo com a publicação, foi considerada a necessidade de organização dos serviços ambulatoriais e hospitalares no combate à doença, tendo como base informações epidemiológicas fornecidas pela Secretaria Estadual da Saúde.

O montante de recursos estabelecido é R$ 12,7 milhões. Segundo o ministério, o estado deverá programar e pactuar, em conjunto com os municípios, a distribuição dos recursos, de acordo com a situação epidemiológica prevista ou detectada.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo prorrogou a campanha de vacinação contra a gripe até hoje.

De acordo com a pasta, mais de 7 milhões de paulistas foram vacinados, o que corresponde à 80% dos 8,7 milhões de pessoas que fazem parte do chamados grupos prioritários. Ao todo, já foram aplicadas 7.097.449 doses.

A campanha, que começou no dia 15 de abril, já havia sido prorrogada por duas vezes. Segundo a secretaria, a campanha no Estado deve ser encerrada hoje, mas ressalta que todos os municípios que não atingiram as suas metas têm autonomia para continuar a campanha de vacinação.

Fazem parte do grupo prioritário idosos com mais de 60 anos, crianças de seis meses a dois anos, indígenas, gestantes, mulheres no período de até 45 dias após o parto (em puerpério), pessoas privadas de liberdade, profissionais de saúde, além das pessoas que têm doenças crônicas do pulmão, coração, fígado, rim, diabetes, imunossupressão e transplantados.

Além de imunizar a população contra a gripe A H1N1, tipo que se disseminou pelo mundo na pandemia de 2009, a campanha também quer imunizar a população contra outros dois tipos do vírus influenza: influenza A H3N2 e B.

O secretário de vigilância em saúde do ministério, Jarbas Barbosa, alerta para a necessidade de as pessoas buscarem a vacina logo, já que dificilmente ela estará disponível após o fim da campanha. Além disso, diz, a vacina leva até um mês para garantir a máxima proteção contra o vírus, que circula mais a partir de junho. "Agora é o momento", explica o secretário.

PREVENÇÃO

Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global. Entre os idosos, pode reduzir o risco de pneumonia em aproximadamente 60%, e o risco global de hospitalização e morte em cerca de 50% a 68%, respectivamente.

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da OMS, e é respaldada por estudos epidemiológicos e na observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

A única contra-indicação é para pessoas que têm alergia severa a ovo.

Editoria de Arte/Folhapress

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