Folha de S. Paulo


Mancha de óleo no rio Paraíba do Sul é dispersada após vazamento

O Inea (Instituto Estadual do Ambiente), do Rio, informou nesta quinta-feira que a mancha de óleo formada no rio Paraíba do Sul por vazamento de um oleoduto da Transpetro foi dispersada, após ter atingido cerca de 30 km de extensão.

O vazamento ocorreu depois de uma tentativa de furto. O órgão fez um sobrevoo no local na terça e na quarta-feira e pôde observar a mancha entre os municípios de Porto Real a Barra Mansa, ao sul do Estado do Rio de Janeiro.

Na vistoria feita nos municípios atingidos foi constatado que o óleo não causou a morte de animais, segundo o Inea. De acordo com o órgão, há manchas esparsas em dispersão em alguns trechos da calha do rio.

Foram instaladas as barreiras de contenção e absorventes a montante e nesses pontos. No local do vazamento, continuam os trabalhos de recuperação do óleo vazado através dos poços de superfície com sucção por caminhão a vácuo.

Na terça-feira, o Inea informou que cinco municípios suspenderam a captação de água preventivamente para evitar que a água retirada do rio Paraíba do Sul estivesse contaminada: Porto Real, Quatis, Pinheiral, Volta Redonda e Barra Mansa. Hoje, no entanto, a assessoria de imprensa do órgão disse que não tinha informações sobre a captação de água.

Segundo o órgão, a medida tinha por objetivo evitar que o óleo danifique equipamentos do sistema de tratamento de água, comprometendo o abastecimento.

O município de Barra do Piraí informou que também suspendeu a captação de água ontem, mas disse que foi retomada após cerca de 10 horas. As aulas nas escolas municipais foram suspensas ontem à tarde, e voltarão ao normal amanhã.

Técnicos estimam que o vazamento ocorreu por volta das 19h do último domingo. A Transpetro identificou o problema por volta das 21h, em razão da queda de pressão no oleoduto. A mancha teria atingido o rio Sesmaria, em Resende, por volta das 13h de segunda-feira. (MARIANA SALLOWICZ)


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