Folha de S. Paulo


Vacinação da gripe encerra amanhã; SP ainda não atingiu a meta

A campanha de vacinação contra a gripe será encerrada amanhã (10) em todo o país. No Estado de São Paulo, 6 milhões de pessoas foram imunizadas até ontem (8) o que faz com que o Estado não atinja a meta de vacinar 80% do público-alvo da campanha.

A expectativa da Secretaria de Estado da Saúde era vacinar 7 milhões de paulistas que corresponde à 80% dos 8,7 milhões de pessoas que fazem parte do chamados grupos prioritários.

Apenas o Sul atinge meta de vacinação contra gripe; campanha acaba 6ª

A campanha começou no dia 15 de abril. No total, em todo o Estado, já foram vacinados 3,4 milhões idosos com 60 anos ou mais, 628,3 mil crianças a partir dos seis meses e menores de dois anos de idade, 278,4 mil gestantes, 529,5 mil trabalhadores da saúde, 1 milhão de doentes crônicos, 63,9 mil de puérpuras e 5,2 mil indígenas. Esses são os públicos-alvo da campanha.

Editoria de Arte/Folhapress

A vacinação, que estava prevista para encerrar no dia 26 de abril, foi prorrogada até amanhã para que mais pessoas fossem imunizadas.

A meta do Ministério da Saúde é imunizar 31,3 milhões de pessoas que integram os chamados grupos prioritários.

A novidade para a campanha deste ano é a inclusão do grupo de mulheres puérperas (que deram à luz em até 45 dias) entre a população alvo, assim como a população carcerária. Neste ano, os pacientes com doenças crônicas podem ser imunizados nos postos de saúde e não apenas nos centros de referência. Basta apresentar uma prescrição médica na hora da vacinação.

Além de imunizar a população contra a gripe A H1N1, tipo que se disseminou pelo mundo na pandemia de 2009, a campanha também quer imunizar a população contra outros dois tipos do vírus influenza: influenza A H3N2 e B.

Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global. Entre os idosos, pode reduzir o risco de pneumonia em aproximadamente 60%, e o risco global de hospitalização e morte em cerca de 50% a 68%, respectivamente.

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da OMS, e é respaldada por estudos epidemiológicos e na observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

A única contra-indicação é para pessoas que têm alergia severa a ovo.


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