Folha de S. Paulo


Reajuste menor gera insatisfação em professores de São Paulo

O reajuste aos servidores municipais anunciado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) gerou insatisfação nos profissionais de nível universitário da prefeitura, como engenheiros e médicos.

O motivo é que os maiores reajustes foram para as categorias de nível básico e médio, que chegaram a ter aumento salarial de 80%.

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O reajuste geral de 0,82% será aplicado sobre o salário padrão (remuneração básica do cargo, independentemente de o servidor receber o piso) e será retroativo a novembro de 2011.

Para repor perdas salariais, receberão 11,46% em três vezes a partir de maio de 2014.

Os servidores aceitaram a proposta. "Mas agora ficou uma defasagem muito grande entre o topo da carreira do nível médio e o início do superior", diz Sérgio Antiqueira, coordenador do Sindsep (sindicato dos servidores).

No topo do nível médio, o salário vai chegar a R$ 2.415, enquanto que no nível superior o inicial é de R$ 1.840.

Mas o sindicalista ressalta que para atingir níveis mais altos, o servidor do nível médio precisa fazer faculdade.

O sindicato diz que aceitou o argumento da prefeitura de que o Orçamento deste ano não comporta reajustes maiores. Mas afirma que vai fazer exigências para selar acordo.

"Uma das condições é que seja iniciada a revisão das carreiras da saúde e de nível superior para que tudo seja válido em 2014", diz.

Haddad disse que priorizou "quem ganhava muito pouco e passou muitos anos esperando atenção". (ANDRÉ MONTEIRO)


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