Folha de S. Paulo


Ambulantes protestam na prefeitura contra fechamento da Feira da Madrugada

Comerciantes da Feira da Madrugada, no Brás (região central de SP), fazem um protesto na tarde desta sexta-feira (3) na porta da Prefeitura de São Paulo, no viaduto do Chá.

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O grupo é contra o fechamento da feirinha, previsto para acontecer no próximo dia 9. O espaço é conhecido como o maior shopping a céu aberto da América Latina.

O fechamento foi determinado pela prefeitura após recomendação do Ministério Público Estadual, que apontou alto risco de incêndio no espaço, que recebe diariamente cerca de 25 mil pessoas que vêm de vários Estados em busca de produtos que vão de bolsas e calçados a eletroeletrônicos.

Segundo a Promotoria, a feira não tem equipamentos contra incêndio, os hidrantes não têm mangueira do tamanho correto e os extintores não funcionam.

A partir de amanhã (4), a intenção de donos de boxes --são cerca de 4.500 no espaço de 176 mil m² na área chamada de Pátio do Pari-- é fazer vigília na feira e só sair se houver um local para abrigá-los durante a reforma que será feita.

Os ambulantes estão na porta da prefeitura porque querem ser recebidos pelo prefeito Fernando Haddad (PT) para pedir que seja fixado um período para a reforma.

Na última segunda-feira (29), o prefeito disse à Folha que os comerciantes vão voltar à feira assim que a reforma, que deve custar cerca de R$ 1 milhão, for finalizada.

Uma campanha deve ser feita em veículos de comunicação para informar os frequentadores sobre o fechamento da feira, que recebe clientes de vários Estados.

OUTRO PROTESTO

Além dos ambulantes, está programado para às 14h um outro protesto na porta da prefeitura. Os professores da rede municipal de ensino vão fazer uma assembleia no local. A categoria entrou em greve hoje.

O Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo) diz que ainda não tem um balanço sobre a adesão da paralisação. A categoria pressiona a prefeitura a conceder reajuste de 17% a todo o funcionalismo municipal, entre outras reivindicações.

O sindicato representa 55 mil dos 85 mil professores, funcionários e gestores da rede municipal. O setor da educação já tem garantido aumento de 10,2% para este ano.

O sindicato defende que haja aumento adicional de 17%, referente a perdas dos últimos três anos.

Procurada, a Secretaria Municipal da Educação diz que vai se pronunciar apenas no final do dia.

Os professores da rede estadual, que estão em greve, também protestam hoje na avenida Paulista


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