Folha de S. Paulo


CET pede que motorista evite a Paulista por conta de protesto de professores

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) pede que os motoristas evitem a região da avenida Paulista, no centro de São Paulo, por conta do protesto de professores programado para acontecer na tarde desta sexta-feira (3).

Apesar do protesto estar marcado para começar às 14h, alguns manifestantes já estão no local concentrados no vão livre do Masp. Parte dos professores da rede estadual está em greve desde o dia 22 de abril. No local será feita uma assembleia para decidir se a paralisação vai ou não continuar no Estado.

Segundo a CET, ainda não há faixas bloqueadas na região por conta do protesto. Na semana passada, a categoria fechou a Paulista por mais de uma hora provocando um grande congestionamento na cidade.

De acordo com a Apeoesp (sindicato dos professores), a categoria reivindica reposição salarial de 36,74% e complementação do reajuste referente a 2012; cumprimento da lei do piso --no mínimo 33% da jornada para atividades de formação e preparação de aulas--, fim dos descontos de faltas e licenças médicas para efeito de aposentadoria especial; entre outras.

A categoria afirmou na semana passada que 35% dos docentes aderiram à paralisação - um novo balanço não foi divulgado nesta semana pelo sindicato.

Já a Secretaria de Estado da Educação afirmou que os dados parciais dos períodos da manhã e da tarde de ontem (2) indicam que o registro de faltas teve oscilação de apenas 1,2% do total de docentes em relação à média diária de ausências de aproximadamente 5%.

A secretaria disse ainda que o calendário escolar permanece inalterado, e os pais não devem deixar de levar seus filhos à escola.

A Educação diz ainda que apesar do acréscimo salarial de 8,1% apresentado pelo governo do Estado à Assembleia Legislativa no dia 17 de abril, o secretário Herman Voorwald propôs ao sindicatoavaliar no segundo semestre a possibilidade, de acordo com as condições econômicas, de mais um aumento para os profissionais do magistério.

A Apeoesp, porém, rejeitou a proposta. "Vale ressaltar que, se aprovado pelo Legislativo o acréscimo de 8,1%, a Política Salarial elevará em 45,1% os ganhos da categoria entre 2011 e 2014", diz nota enviada pela secretaria.

A secretaria afirma que é "lamentável que a Apeoesp se paute por uma agenda político-partidária e ignore o amplo diálogo que a atual gestão tem estabelecido". A pasta destaca ainda que "os professores já ganham 33,3% mais que o piso nacional vigente e passarão a ter, a partir de julho, uma remuneração 44,1% maior que o vencimento mínimo estabelecido em decorrência da Lei Nacional do Piso".


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