Folha de S. Paulo


Análise: Criminalidade em alta ajuda a antecipar disputa eleitoral

Políticos adoram afirmar nas entrevistas que não estão preocupados com eleição.

Estado de SP prepara pacote contra aumento da criminalidade
Redução do tempo para formação de oficiais da PM é criticado

Ontem mesmo o ex-presidente Lula disse que é muito cedo para comentar um troço que só ocorrerá daqui a 17 meses. Mesmo assim, deitou falação sobre a disputa de 2014.

Mais especificamente sobre a tarefa que, excluída a reeleição de Dilma Rousseff, é a prioridade máxima do PT: desbancar o PSDB e seus 20 anos no Palácio dos Bandeirantes. Missão mais próxima "do que nunca", na visão de Lula.

E inexiste até agora, para os petistas, flanco de ataque tão claro como a questão da criminalidade em São Paulo. Que viveria uma "epidemia de insegurança" nas palavras do próprio vice-governador do Estado, cuja filha foi vítima de tentativa de assalto.

Assim como Lula, Geraldo Alckmin repetirá que eleição é em "ano par" e que agora é hora de "amassar o barro". É o que pretende demonstrar com o pacote antiviolência e a cruzada para endurecer punições de jovens infratores.

Mas fica evidente que, para os dois lados, a sova no barro eleitoral já está a todo vapor.


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