Folha de S. Paulo


Número de panes no metrô de São Paulo cresce 30% em um ano

O número de panes do Metrô de São Paulo aumentou quase 30% na comparação entre 2012 e 2011. Não entram na conta dados da linha 4-amarela.

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Se no ano retrasado ocorreram 2,6 ocorrências que paralisaram o sistema por mais de cinco minutos, a cada milhão de quilômetros percorridos, no ano passado o índice foi de 3,3.

Em números absolutos, foram 66 registros de pane contra 51. Em 2010, o número era ainda menor, 28.

De acordo com Mário Fioratti, diretor de operações do Metrô, existem três motivos que explicam o aumento das ocorrências.

"A rede cresceu nesse período. O número de viagens fora do horário de pico, por causa da demanda, também", afirma o executivo. "O Metrô passou ainda por uma modernização. Temos trens novos e instalamos sistemas de sinalização", diz ele.

A expectativa de Fioratti é que o número de ocorrências se estabilize agora em 2013, apesar do incidente registrado ontem.

Segundo ele, entre janeiro e abril, ocorreram 18 panes. "No ano passado, no mesmo período, foram 17 casos", afirma.

A radiografia das panes mostra que a maioria dos problemas atinge os trens, como também ocorreu ontem, e não as vias.

Nos casos de 2012, 48 problemas foram nas próprias composições e só 18 ocorreram nos trilhos.

No ano passado, em 40 anos de operação, o Metrô registrou seu primeiro acidente entre trens.

O acidente aconteceu às 9h50 do dia 16 de maio de 2012, na movimentada linha 3-vermelha, entre as estações Penha e Carrão. Um trem lotado colidiu com outro que estava vazio. A colisão deixou 49 pessoas feridas, algumas com fraturas.

Uma falha em um componente essencial para a operação segura do metrô --o controle automático de trens-- causou o acidente.

O sistema mandou o trem acelerar a 100 km/h --quando, tendo uma composição parada à frente, o trem deveria ter freado. (EDUARDO GERAQUE)

Editoria de arte/Folhapress

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