Os ladrões que fizeram um arrastão em um prédio no Jardim Paulista, bairro nobre da zona oeste de São Paulo, na manhã de ontem, tinham como foco dois apartamentos, segundo a investigação policial. Os bandidos sabiam os nomes e a rotina de um morador da cobertura e de um apartamento do terceiro andar.
Polícia apura se grupo fez outros dois arrastões nos Jardins
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A quadrilha entrou no prédio, na alameda Lorena, usando um controle de garagem clonado --um BMW similar ao de um morador. Ao todo, cinco dos dez apartamentos foram invadidos e 15 pessoas foram feitas reféns, ficando uma hora sob a mira de pistolas e fuzis. Parte do bando de dez ladrões vestia terno e gravata.
Uma vítima disse à Folha que teve levadas joias avaliadas em R$ 1,5 milhão. Segundo a polícia, porém, as vítimas só registraram a perda de pertences, sem citar valor exato. "Às vezes, a joia tem um valor sentimental maior do que o comercial. Vamos apurar quanto foi levado", disse o delegado Mauro Fachini.
Das dez unidades do prédio, o bando tentou invadir seis. Não conseguiu entrar em apenas uma, pois o acesso é feito por meio de identificação de digitais.
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SEGURANÇA
Apartamentos nesse condomínio são avaliados em aproximadamente R$ 1,5 milhão.
O prédio foi construído há 28 anos e não tem câmeras de vigilância nem cerca elétrica. A polícia diz que essa falha na segurança influenciou em sua escolha como alvo.
O mesmo bando é investigado por mais dois arrastões nos Jardins --em ambos o sistema de segurança era frágil.
Dois dos criminosos foram identificados por meio de fotos que estão no banco de dados do Deic (departamento policial que investiga o crime organizado).
Até as 20h30 de ontem, ninguém havia sido preso.
HELICÓPTEROS
Em outro caso, no final da manhã, um furto a uma residência em Pinheiros, também na zona oeste, mobilizou dois helicópteros e ao menos dez carros da PM.
O crime foi na rua Iraci. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, duas empregadas da casa perceberam a ausência de um computador em um dos cômodos, que estava revirado, e se esconderam no banheiro, acreditando que os ladrões ainda estivessem na residência.
A polícia foi chamada. A rua foi fechada e os helicópteros começaram a sobrevoar a casa. Segundo os vizinhos, havia a suspeita de que os moradores tivessem sido feitos reféns, o que não foi confirmado. Os moradores não quiseram falar com a Folha. Ninguém foi preso.
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