Folha de S. Paulo


Polícia investiga se quadrilha fez outros dois arrastões nos Jardins

A Polícia Civil está investigando se a quadrilha que realizou um arrastão na manhã desta terça-feira em um prédio dos Jardins, zona oeste de São Paulo, participou de outros dois roubos desse tipo na mesma região.

Bando faz arrastão em restaurante na região do Morumbi

O primeiro caso ocorreu no dia 23 de março deste ano. Na ocasião, um condomínio foi invadido na alameda Jaú, também na região dos Jardins. Na ação, foram roubados dez dos 12 apartamentos (cada andar tem um único apartamento) do prédio.

Para entrar no local, por volta das 20h, os bandidos utilizaram um carro --Honda Fit-- com placa clonada de um dos moradores. Após render o porteiro, o grupo permitiu a entrada de mais comparsas em outro carro. Um terceiro veículo, segundo a polícia, ficou do lado de fora dando cobertura.

Editoria de Arte/Folhapress

Um dia depois, ao menos oito homens usaram um carro igual ao de um morador para invadir um prédio de nove andares na avenida Brigadeiro Luís Antônio. Eles renderam o porteiro e permitiram a entrada de outros três carros com o restante da quadrilha.

Os ladrões fugiram levando relógios, celulares, dinheiro e eletrodomésticos de moradores de ao menos quatro apartamentos.

Agora, policiais do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado) investigam se os casos têm relação com o ocorrido nesta terça-feira.

ARRASTÃO

Por volta das 7h50 de hoje, ao menos dez criminosos fortemente armados invadiram um prédio na alameda Lorena e fizeram um arrastão em ao menos cinco apartamentos.

Segundo a polícia, o bando entrou no edifício utilizando o controle da garagem. A quadrilha chegou até o local em um Peugeot e uma BMW.

Os criminosos chegaram no prédio por volta das 7h50 e só foram embora depois das 8h30 após invadir os apartamentos e roubar dinheiro, joias, entre outros objetos das vítimas.

A quadrilha fez 15 reféns --entre moradores e funcionários-- na garagem do edifício. Ainda segundo a polícia, em pelo menos dois apartamentos invadidos os criminosos sabiam os nomes dos moradores.

Alguns criminosos, ainda de acordo com policiais, vestiam terno e gravata. Nenhum dos bandidos usava máscaras ou toucas na hora do arrastão.

Uma vítima já teria reconhecido dois dos suspeitos por meio de fotografias do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado) de assaltantes de condomínios. O nome deles não foi divulgado.

O prédio não tinha câmeras de segurança. A polícia analisa agora as imagens captadas pelo prédio vizinho que registraram a entrada e a saída da quadrilha.


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