O advogado Sérgio Brasil Gadelha, 74, foi transferido ontem (29) para uma clínica do interior de São Paulo onde deverá cumprir a prisão domiciliar determinada pela Justiça na semana passada. Segundo o advogado Atila Pimenta Coelho Machado, a medida ocorre porque ele está abalado e deverá ser avaliado.
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Gadelha havia sido preso em flagrante pela morte da companheira, a auxiliar administrativa Hiromi Sato, 57, no apartamento do casal, em Higienópolis, no centro de São Paulo. A prisão preventiva, porém, foi convertida em domiciliar. Posteriormente, foi autorizada a ida dele para a clínica, que não teve o nome informado.
O Ministério Público afirmou que vai recorrer das duas decisões da Justiça --a conversão da prisão preventiva em domiciliar e a autorização para a transferência para a clínica. O recurso será apresentado pela promotora Solange Azevedo Beretta da Silveira.
Segundo a promotora, a concessão da Justiça foi dada sem que "houvesse parecer médico sobre a real necessidade dessa internação. Ocorreu somente a partir de uma informação da defesa de que havia vaga na tal clínica". Ela destaca ainda que antes da decisão "não foi aberta vista ao Ministério Público para que se manifestasse a respeito".
O CRIME
Segundo a polícia, o crime ocorreu no último dia 20, mas o corpo de Hiromi só foi descoberto na segunda-feira seguinte, dia 22, após Gadelha chamar a filha, Juliana, até o seu apartamento.
Quando foi encontrado, o corpo de Hiromi tinha hematomas no rosto, pernas, costas, braços, pescoço e no abdômen. Segundo a polícia, Gadelha admitiu à polícia que bateu e estrangulou a companheira. Ele disse, porém, que não tinha a intenção de matá-la.
O crime teria sido motivado por ciúme. Hiromi teria reencontrado um ex-namorado há tempos atrás e esse assunto teria provocado o desentendimento entre o casal.