Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram ontem manter a greve por aumento salarial --iniciada na última segunda-feira.
Professores decidem manter greve após protesto em SP
Depoimento: Manifestação seguia mais rápido do que eu
A manifestação que agravou a lentidão do trânsito no centro levou ao fechamento total da avenida Paulista por quase uma hora e meia --das 16h21 às 17h48. Ela foi encerrada na praça da República.
A concentração dos professores começou no vão do Masp. Por volta de 15h, os manifestantes chegaram a ocupar faixas da Paulista.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) teve que fazer desvios para diminuir os congestionamentos.
Eles atingiram 1,9 km na via --na sexta anterior, dia 19, já tinham alcançado 1,8 km.
Os professores seguiram para a rua da Consolação, tomando toda a pista sentido centro, e fecharam a avenida Ipiranga até chegar à República, onde fica a sede da Secretaria de Estado da Educação.
Cerca de 3.500 pessoas participaram do ato, de acordo com a Polícia Militar. Para a categoria, foram 20 mil.
Nova assembleia foi marcada para o dia 3 de maio, também na Paulista.
Os grevistas afirmam que 35% dos docentes aderiram à greve. A secretaria diz que a adesão foi inferior a 10%.
Joel Silva/Folhapress | ||
Professores em greve fazem protesto e fecham os dois sentido da av. Paulista, na região central de São Paulo |
SEM AVANÇO
A Apeoesp (sindicato que representa a categoria) afirma que se reuniu com o secretário da Educação, Herman Voorwald, mas que não houve avanços.
Os professores, entre outras reivindicações, pedem reposição salarial de 36,74%.
A secretaria afirmou em nota que é "lamentável que a Apeoesp se paute por uma agenda político-partidária" e "ignore o diálogo".
A pasta disse ainda que "os professores ganham 33,3% mais que o piso nacional".
Joel Silva/Folhapress | ||
Professores em greve fazem protesto e fecham os dois sentido da avenida Paulista, na região central de São Paulo |