Folha de S. Paulo


Advogado que matou a mulher ganha direito de ficar preso em casa

O advogado Sérgio Brasil Gadelha, 74, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça após ser detido em flagrante pela morte da companheira, a auxiliar administrativa Hiromi Sato, 57, no apartamento do casal, em Higienópolis, no centro de São Paulo. Ele terá o direito, porém, de ficar preso em casa.

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Na decisão, o juiz Alberto Anderson Filho, da 1ª Vara do Júri, aponta como justificativa a idade do indiciado e destaca que "ele em momento algum procurou fugir à sua responsabilidade, tanto que permaneceu no local dos fatos até a chegada da polícia, que por policiais foi acionada".

O crime teria ocorrido no último sábado (20), mas o corpo de Hiromi só foi descoberto na segunda-feira (22) após Gadelha chamar a filha, Juliana, até o seu apartamento.

Quando foi encontrado, o corpo de Hiromi tinha hematomas no rosto, pernas, costas, braços, pescoço e no abdômen. Segundo a polícia, Gadelha admitiu à polícia que bateu e estrangulou a companheira. Ele disse, porém, que não tinha a intenção de matá-la. O crime teria sido motivado por ciúme.

Na decisão da Justiça, o juiz afirmou que "sem o laudo de exame necroscópico não é possível saber a afetiva causa da morte da vítima, ou seja, se ela morreu em consequência de asfixia, das agressões que sofreu, ou de outra causa", assim ele afirma que deve ser aguardado o laudo para confirmar a causa da morte.

O advogado de Gadelha foi procurado por telefone na noite desta quinta-feira, mas não foi localizado.


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