A Câmara aprovou na noite desta quarta-feira o projeto do prefeito Fernando Haddad (PT) que cria 348 cargos para a formação de novas secretarias na cidade. Com isso, a cidade deve ter gastos extras da ordem de R$ 24,5 milhões por ano.
A votação aconteceu menos de 48 horas depois da entrega do documento, que tem cerca de 900 páginas. Foram 39 votos a favor, nove contra e duas abstenções.
O valor que passará a ser acrescido nos gastos anuais da prefeitura é equivalente ao orçamento da Subprefeitura do Jabaquara, por exemplo.
O custo extra ocorrerá mesmo com a extinção de outros 596 postos. Os cargos extintos incluem os de secretário, algo em torno de R$ 20 mil e chefe de gabinete (R$ 17,5 mil). Eles serão agrupados nas novas pastas de Igualdade Racial, Política para as Mulheres, Controladoria, Licenciamento, Relações Governamentais e Relações Internacionais e Federativas, além da subprefeitura de Sapopemba (zona leste), que acaba de ser criada.
A nova Secretaria de Licenciamento, criada no projeto, será específica para a aprovação de obras na capital atribuição, antes da pasta da Habitação. Foi nesse setor que ocorreu o maior escândalo da gestão Gilberto Kassab (PSD), com as suspeitas de corrupção envolvendo um indicado dele, o ex-diretor do Aprov Hussain Aref Saab, suspeito de cobrar propina para aprovar obras.
Enviado em regime de urgência, o projeto foi aprovado após passar pelo congresso de comissões da Casa no decorrer da sessão de ontem.