Cinco dos 23 policiais militares condenados a 156 anos de prisão pela Justiça de São Paulo na madrugada de domingo (21) por envolvimento no Massacre do Carandiru continuam trabalhando na Polícia Militar. A informação foi confirmada pela PM na tarde desta terça-feira (23).
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Segundo a PM, um capitão, dois sargentos e dois cabos, que tiveram participação na morte de 13 presos no segundo pavimento do Pavilhão 9, em outubro de 1992, continuam trabalhando sem nenhuma restrição. Isso porque a decisão foi dada em primeira instância, e ainda cabe recursos.
A Polícia Militar não informou se os policiais estão exercendo funções administrativas ou se trabalham nas ruas.
Ainda no domingo, após a leitura da sentença, a advogada Ieda Ribeiro de Souza adiantou que vai recorrer da sentença e tentar anular o julgamento. Ela considerou a decisão "manifestadamente contrária a prova dos autos", e reforçou que o placar foi apertado - 4 votos contra 3 a favor da condenação.
Segundo o promotor Marcio Friggi, se a sentença for confirmada, a pena só deverá começar a ser cumprida em dez anos, tempo que deve levar para que todos os recursos sejam esgotados.