Folha de S. Paulo


Com gripe A H1N1, jovem é submetida a parto emergencial em Santos

Uma jovem de 19 anos, que estava grávida de sete meses, teve de ser submetida a um parto emergencial ontem (22) em razão de complicações decorrentes da gripe A H1N1.

A paciente, que não teve o nome divulgado, estava internada desde o dia 15 deste mês no hospital Ana Costa, em Santos (72 km de SP), e foi o primeiro caso de gripe A H1N1 confirmado na cidade. O resultado do exame foi divulgado ontem.

Segundo o hospital, a jovem corria risco de morrer e, para salvar o bebê, a cesárea foi realizada de forma emergencial.

A mãe apresentava um quadro de "morte cerebral iminente", segundo informações do hospital. O bebê, um menino, encontra-se internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal, respirando com o auxílio de aparelhos. A assessoria de imprensa do hospital informou que todas as medidas de prevenção e terapia foram adotadas, tanto em relação à jovem quanto à criança.

Gestantes formam um dos grupos com maior incidência de gripe A H1N1. Também estão sujeitos a maior risco idosos, crianças de seis meses a dois anos, obesos e portadores de doenças crônicas. No entanto, o comprometimento cerebral não é comum.

CAMPANHA

A campanha de vacinação contra a gripe que acontece até a próxima sexta-feira (26) em todo o país protege os pacientes contra a gripe A H1N1.

Além de imunizar a população contra a gripe A H1N1, tipo que se disseminou pelo mundo na pandemia de 2009, a campanha também quer imunizar a população contra outros dois tipos do vírus influenza: influenza A H3N2 e B.

Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global. Entre os idosos, pode reduzir o risco de pneumonia em aproximadamente 60%, e o risco global de hospitalização e morte em cerca de 50% a 68%, respectivamente.

Idosos com 60 anos ou mais, crianças a partir dos seis meses e menores de dois anos de idade, gestantes, trabalhadores da saúde, doentes crônicos, puérperas (que deram à luz em até 45 dias) e indígenas são considerados os públicos-alvo da campanha.

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da OMS, e é respaldada por estudos epidemiológicos e na observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias


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