Folha de S. Paulo


Projetos habitacionais paulistanos custarão ao menos R$ 700 milhões

Para cumprir suas promessas na área de habitação, o prefeito Fernando Haddad (PT) terá que desembolsar, pelo menos, R$ 700 milhões.

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De acordo com o próprio administrador, suas cem promessas do programa de metas custam R$ 23 bilhões.

A contabilidade da gestão petista é feita para a construção de 55 mil casas.

Serão 25 mil no centro de São Paulo e mais 30 mil em outras áreas da cidade. Desse total, segundo a prefeitura, 17 mil estão em fase de construção na cidade.

Para atingir o objetivo, até o fim do mandato, em 2016, Haddad fez parcerias com o governo do Estado, no caso das construções do centro, e com o governo federal, por meio do programa Minha Casa Minha Vida.

"Separamos R$ 300 milhões para todas as desapropriações necessárias até o fim do ano ou início do próximo", disse ontem Haddad, em visita a comunidade Pinheirinho 2, na zona leste. "São Paulo não tem mais áreas livres para a construção".

O local é uma área invadida, onde houve um início de desocupação no fim do mês passado. A ação da polícia militar começou às 6h.

Houve confronto com os moradores. Na hora do almoço do mesmo dia veio a ordem, costurada entre Haddad e Geraldo Alckmin (PSDB), para que a reintegração fosse suspensa.

A prefeitura, apesar de o decreto de desapropriação da área ter sido feito há um mês, ainda não avaliou a área, o que deverá ser feito até o início de maio.

Ontem, as 512 famílias cadastrados no terreno comemoravam a vitória, mas com ressalvas. O problema, agora, é garantir a infraestrutura do local, como água e luz. Por tratar-se de uma área ilegal, as concessionárias públicas querem cortar o serviço dos moradores.

Outra intervenção da prefeitura, entretanto, deve resolver o problema.

De acordo com Ricardo Gonçalves, advogado da associação de moradores do Pinheirinho 2 (o Pinheirinho 1 fica do outro lado da rua), o cálculo é de que as novas moradias devem ficar prontas em três anos.

A prefeitura afirma que vai construir, no terreno, que tem 130 mil metros quadrados, moradias suficientes para atender 1,2 mil famílias. Ou seja, outras pessoas, de fora do terreno, também serão contempladas pela desapropriação.


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