Folha de S. Paulo


Encontro da vítima com ex-namorado causou briga, diz advogado

A briga entre o advogado Sérgio Brasil Gadelha, 74, e sua companheira, Hiromi Sato, 57, foi motivada por ciúme. Segundo o defensor de Gadelha, Atila Pimenta Coelho Machado, Hiromi, que foi morta na briga, teria "reencontrado um ex-namorado há tempos atrás e esse assunto voltou à baila na última semana".

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Hironi foi morta estrangulada no apartamento em que morava, em Higienópolis, na região central da capital paulista. Gadelha confessou o crime à polícia e foi preso na madrugada desta segunda-feira. O crime, porém, teria ocorrido no sábado (20).

Machado afirmou que entrará com pedido de revogação da prisão para que Gradelha aguarde em liberdade o julgamento. Segundo ele, seu representado não tentou fugir, não coagiu testemunhas e não atrapalhou a produção de provas. Pelo crime de homicídio qualificado, Gadelha pode cumprir de 12 a 30 anos de prisão.

De acordo com a polícia, Hiromi tinha hematomas no rosto, pernas, costas, braços, pescoço e no abdômen. No chão do quarto, havia tufos de fio de cabelo. Toalhas, um travesseiro, um edredon, lençóis e diversos panos foram encontrados na banheira, quarto e na lavanderia, sujos com um líquido escuro.

Após o crime, Gadelha chamou a filha, que foi até o apartamento, viu o corpo e então acionou a polícia. O sargento Marcelo Guilherme Moraes, da PM, que atendeu a ocorrência, disse à TV Record ter encontrado Gadelha "tranquilo, com as pernas cruzadas, assistindo televisão, como se nada tivesse acontecido".

O advogado foi preso e encaminhado para o 78º DP (Jardins), sendo transferido posteriormente ao 31º DP (Vila Carrão), local para onde vão os presos com nível universitário.


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