Folha de S. Paulo


Veja como foi a cobertura da Folha do Massacre do Carandiru

A Folha cobriu todo o desenrolar da história do Massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos, após a PM invadir o pavilhão 9 do presídio.

A confusão começou durante um jogo de futebol, com uma briga entre dois homens de quadrilhas rivais. O confronto saiu do campo e subiu os andares do prédio onde eram encaminhados os novatos no universo prisional. Houve quebra-quebra e colchões foram incendiados pelos detentos.

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Veja especial do Massacre do Carandiru

A Polícia Militar, comandada pelo coronel Ubiratan Guimarães, invadiu a Casa de Detenção no dia 02 de outubro de 1992 e, de forma trágica, colocou um fim na rebelião.
Já na reserva da PM, o coronel ganhou imunidade parlamentar ao tomar posse como deputado estadual pelo PSD, em janeiro de 1997.

O processo contra os 120 acusados ocorreu de forma lenta, arrastando-se por mais de 20 anos. Ubiratan foi o primeiro a ser julgado, 8 anos após o confronto, em 29 de novembro de 2000, mas o julgamento foi cancelado no terceiro dia da sessão, após um jurado ter passado mal.

No dia 29 de junho do ano seguinte, a Folha acompanhou o último dia de julgamento do chefe do Massacre do Carandiru, quando a juíza Maria Cristina Cotrofe o condenou a 632 anos de prisão, por 5 tentativas de assassinato e pela coautoria na morte de 102 presos. O coronel pode recorrer da decisão em liberdade.

O jornal publicou também a anulação da sentença, ocorrida no dia 16 de fevereiro de 2006. Vinte desembargadores do Tribunal de Justiça consideraram que Ubiratan Guimarães era inocente, pois segundo eles, a juíza do caso havia interpretado de forma errada as respostas dos jurados.

Dois dias após a decisão, a Folha ouviu 4 dos 7 jurados do julgamento de 2001. Para eles, o TJ modificou o desejo da maioria. Em novembro do mesmo ano, o coronel da reserva da Polícia Militar e deputado estadual Ubiratan Guimarães (PTB) foi encontrado morto em sua casa.

Editoria de Arte/Folhapress
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