Folha de S. Paulo


Mãe fica 'grudada' 24 horas no filho após internação

O sonho de ser modelo virou a meta do estudante Jeferson de Araújo Feitosa, 23, que ficou dois meses internado após ser atendido no plantão do Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas).

Antes de conseguir a vaga para o tratamento, fugiu do centro e voltou após dois dias fumando pedras na favela de Heliópolis (zona sul).

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"Tinha passado Natal e Ano Novo longe da família. Aí pensei em colocar um rumo na minha vida", disse.

Em tratamento para curar um câncer, a mãe dele, Janicleide Xavier, 40, passa o dia grudada no filho. "Confio nele só do meu lado. Não posso deixá-lo porque sei que ele pode desviar o caminho".

Janicleide espera não precisar contar mais com o Cratod. "Foi uma porta aberta e indico que busquem ajuda lá. Mas há desorganização. Sei que ele se tiver uma crise vai ser aquela mesma saga. Vou levá-lo aos lugares, vão dizer que não tem vaga. Não posso mais", afirma.


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