Folha de S. Paulo


Justiça prorroga prisão de jovem acusado de matar taxistas no RS

A Justiça do Rio Grande do Sul prorrogou por 30 dias a prisão temporária do jovem suspeito de ter matado seis taxistas. Os crimes aconteceram em Porto Alegre e em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, entre os dias 28 e 30 de março.

Luan Barcelos da Silva, 21, foi preso no último sábado (13) e transferido para a PASC (Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas) na segunda-feira. Ele confessou os crimes, deu detalhes dos assassinatos e alegou motivos financeiros, segundo a polícia.

O pedido foi deferido pelo juiz Gildo Meneghello Júnior, da Vara Criminal da Comarca de Santana do Livramento. De acordo com ele, a prisão deve ser prorrogada "principalmente tendo em vista que os elementos até o momento colhidos indicam o enquadramento das condutas como latrocínio (roubo seguido de morte)".

A polícia chegou até o suspeito analisando imagens de câmeras de segurança e rastreando celulares.

Nos próximos dias, serão realizados exames de DNA em um casaco encontrado no apartamento de Silva. Um teste feito com o reagente Luminol mostrou vestígios de sangue. A polícia também afirma que encontrou no local as mesmas roupas que aparecem nas imagens das câmeras de segurança.

O aparelho celular de uma das vítimas da fronteira também foi achado no apartamento do suspeito durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão.

PRISÃO

No interrogatório que durou cerca de três horas, ele afirmou que precisava pagar o aluguel atrasado de um apartamento onde morava, em Santana do Livramento. Ao todo, ele roubou R$ 470 de três taxistas em Santana do Livramento e, 48 horas depois, mais R$ 400 de outros três taxistas de Porto Alegre.

Segundo a polícia, ele não tinha antecedentes criminais. O suspeito já tinha servido o Exército do Rio Grande do Sul e era instrutor de informática para crianças em uma empresa de cursos técnicos em Porto Alegre.

Em seu perfil no Facebook, Silva afirma que é estudante universitário de gestão imobiliária em uma faculdade da região metropolitana. A Ulbra, instituição onde ele dizia estudar, nega, porém, que ele tenha se matriculado


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